quarta-feira, 16 de abril de 2014

De grandes dificuldades se tiram as maiores oportunidades - Filipenses 1: 12-26 - (2ª Parte)


(Continuação)

St. A segunda dificuldade que Paulo transformou em uma grande oportunidade foi:
I.                   OS CRITICOS DE PAULO (15-19)
·        É difícil imaginar que alguém se opusesse a Paulo, mas era exatamente isso o que alguns cristãos de Roma faziam.
·        Alguns grupos pregavam a Cristo com sinceridade, visando a salvação dos perdidos. Outros, porém, pregavam a Cristo por motivos escusos, procurando dificultar ainda mais a situação de Paulo. Estes últimos usavam o evangelho como um meio de alcançar propósitos egoístas. Provavelmente eram pessoas que eram contra os ensinos de Paulo como, por exemplo, a salvação pela graça, ao invés da obediência as leis judaicas.
·        Paulo usa em Filipenses 1:15 um termo interessante: porfia, palavra que dá a ideia de polemica, rivalidade, competição para receber apoio de outros. O objetivo de Paulo era glorificar  Cristo e levar as pessoas a seguir ao Senhor;
·        O objetivo de seus críticos era promover a si mesmos e granjear seguidores para si. Paulo tinha a mente determinada vê os críticos como mais uma oportunidade de contribuir para o progresso do evangelho. Como soldado fiel Paulo sabia que estava incumbido da defesa do evangelho.
·        Era capaz de regozijar-se, não com os críticos egoístas, mas com o fato de que pregavam a Cristo! Não havia inveja alguma no coração de Paulo. Ele não se importava se alguns eram a favor dele e outros contra. Para ele, o mais importante era pregação do evangelho de Cristo.
·        Podemos dizer que é difícil aceitar criticas especialmente quando passamos por situações difíceis, como era o caso de Paulo. De que maneira o apostolo conseguiu regozijar-se mesmo em meio a tanta reprovação? Ele era determinado (Filipenses 1:19) isso me resultará em salvação.
·        Por causa das orações de seus amigos e da provisão do Espírito Santo de Deus.
·        Paulo sabia que pessoas oravam por ele, e se o evangelho estava sendo anunciado, ele não se deixou levar pelas criticas. Permaneceu firme porque o propósito que era a pregação do evangelho estava se cumprindo mesmo que não como ele queria.
St. A terceira dificuldade que Paulo transformou em uma grande oportunidade foi:
II.                 A CRISE DE PAULO (Filipenses 1:20-26)
·        Por causa das cadeias de Paulo, Cristo tornou-se conhecido, e por causa dos críticos de Paulo, Cristo foi pregado. Mas por causa da crise de Paulo Cristo foi engrandecido.
·        Havia a possibilidade de Paulo ser considerado traidor de Roma e de ser executado. Ao que parece, seu julgamento preliminar fora favorável, mas o apóstolo ainda não recebera o veredicto final. Mas o corpo de Paulo não lhe pertencia, e seu único desejo (resultante de sua determinação) era engrandecer a Cristo em seu corpo.
·        Cristo precisa ser engrandecido? Afinal o que um simples ser humano pode fazer para engrandecer o Filho de Deus?
·        Dois exemplos: telescópio – considere as estrelas, muito maiores que um telescópio, mas bem distantes. O telescópio a aproxima de nós. O corpo do cristão deve ser um telescópio que diminui a distancia entre Jesus Cristo e as pessoas. Para muitos Cristo é uma figura histórica distante e nebulosa que viveu há séculos. Mas quando os incrédulos observam o cristão passar por uma crise, podem ver Jesus mais de perto. Enquanto o telescópio aproxima o que está distante, o microscópio amplia o que é pequeno. Para o incrédulo, Jesus não é grande. Outras pessoas e coisas são muito mais importantes do que ele. Mas, ao observar o cristão passar por uma experiência de crise, o incrédulo deve ser capaz de enxergar a verdadeira grandeza de Jesus Cristo. o corpo do Cristão é uma lente que torna o Cristo pequeno dos incrédulos extremamente grande e o Cristo distante, extremamente próximo.
·        Paulo não temia a vida nem a morte! De uma forma ou de outra, desejava engrandecer a Cristo em seu corpo. Não é de se admirar que tivesse alegria
·        Paulo confessa que se encontra diante de uma escolha difícil. Para o bem dos cristãos em Filipos, era necessário que ele permanecesse vivo, mas seria muito melhor partir e estar com Cristo.
·        Paulo chega a conclusão que Cristo permitiria que ele vivesse não apenas com o propósito de contribuir para o evangelho, mas também para o progresso e gozo da fé dos filipenses.
·        Em todos os sentidos não há coisa alguma que prive uma pessoa determinada de sua alegria. Porque para mim o viver é Cristo e o morrer é ganho.
·        O que mais nos interessa é o que representa a vida para nós. No caso de Paulo, Cristo era a sua vida. Cristo o empolgava e fazia sua vida valer a pena.
São diversas circunstancias que podemos enfrentar na vida. Em nossos dias são muitas as dificuldades. Através da palavra de Deus vimos que podemos transformar nossas dificuldades em grandes oportunidades. Nunca se de por derrotado, antes observe as oportunidades que Deus colocará diante de você.

·         Pr. Reuel Cardoso dos Santos
·         Culto de oração e estudo da Palavra de Deus.

·         09/01/14

terça-feira, 15 de abril de 2014

De grandes dificuldades se tiram as maiores oportunidades - Filipenses 1: 12-26 - (1ªParte)


Mais do qualquer outra coisa, o desejo de Paulo como missionário era pregar o evangelho em Roma. Centro de um império grandioso, Roma era a principal cidade daquela época. Se Paulo a conquistasse para Cristo, milhões de pessoas seriam alcançadas pela mensagem da salvação.
Essa oportunidade era uma das prioridades críticas do apóstolo Paulo, pois ele diz: “depois de haver estado ali (Jerusalém), importa-me ver também Roma” (Atos 19:21).
Quando estava em Corinto, escreve: “Por isso, quanto está em mim, estou pronto a anunciar o evangelho também a vós outros, em Roma” (Romanos 1:15).
·        Paulo desejava ir a Roma como evangelista, mas, em vez disso, foi como prisioneiro!
·        Paulo foi preso ilegalmente pelos judeus, eles acharam que Paulo havia profanado o templo permitindo a entrada de gentios nos átrios sagrados, e os romanos pensaram que o apóstolo era um renegado egípcio que fazia parte da lista de homens procurados pela lei. Paulo permaneceu então preso em Cesaréia por dois anos, quando finalmente apelou para César (o que era um privilégio de todo cidadão romano).
·        A caminho da capital, seu navio naufragou. O relato dessa tempestade e da fé e coragem de Paulo é uma das narrativas mais dramáticas da Bíblia. (At. 27)
·        Depois de três meses de espera na ilha de Malta, Paulo finalmente embarcou para Roma, a fim de comparecer à audiência perante César.
Para muitos, todos esses acontecimentos poderiam parecer uma sucessão de fracassos, mas não para um homem determinado e preocupado em falar de Cristo e do Evangelho. A alegria de Paulo não era decorrente de circunstancias ideais. Ele se alegrava em ganhar outros para Cristo. E se as circunstancias favoreciam o progresso do evangelho era só o que importava para ele.
Por vezes Deus usa situações adversas para nos ajudar a ser pioneiros do evangelho. Diante de tantas circunstancias veremos que de grandes dificuldades se tiram as maiores oportunidades”.
Veremos que as dificuldades não foram um empecilho para Paulo continuar pregando o evangelho, porque todas ele as transformou em oportunidades.
Essas dificuldades acabaram se tornando instrumentos que ajudaram Paulo a levar o evangelho aos pretorianos, a guarda de elite de César. Que instrumentos foram esses? Que dificuldades Paulo transformou em oportunidades? Suas cadeias, seus críticos e sua crise.
St. A primeira dificuldade que Paulo transformou em uma grande oportunidade foi:
I.                   AS CADEIAS DE PAULO (1:12-14)
O mesmo Deus que usou o bordão de Moisés, os jarros de Gideão e a funda de Davi usou as cadeias de Paulo.
Os romanos sequer suspeitavam que as correntes que colocaram nos punhos de Paulo o libertariam ao invés de prendê-lo. O próprio apostolo escreveu em uma ocasião posterior em que também estava preso: “estou sofrendo até algemas, como malfeitor; contudo a palavra de Deus não está algemada” (2 Tm 2:9)
Em lugar de se queixar de suas cadeias, Paulo consagrou-as a Deus e pediu que as usasse para o avanço pioneiro do evangelho. E Deus respondeu suas orações. Vemos claramente as dificuldades sendo transformadas em oportunidades.
1.     As cadeias deram a Paulo a oportunidade de ter contato com os perdidos.
·        Ele permanecia acorrentado a um soldado romano vinte quatro horas por dia! Cada soldado cumpria um turno de seis horas, o que significava que Paulo poderia testemunhar a pelo menos quatro homens todos os dias! É possível imaginar a situação desses soldados presos a um homem que orava sem cessar que sempre conversava com outros sobre a vida espiritual e que escrevia constantemente para as igrejas espalhadas por todo o império. Todo dia eles ouviam o evangelho. Em pouco tempo esses soldados se converteram. Paulo pôde levar o evangelho à guarda de elite pretoriana, algo que teria sido impossível se estivesse livre. Mas aqui nós vemos que as suas cadeias foram transformadas em oportunidades para pregação aos perdidos.
·        As cadeias também permitiram que Paulo tivesse contato com outro grupo de pessoas: os oficiais do tribunal de César. A essa altura o governo romano estava prestes a determinar a situação oficial da seita cristã. Os romanos achavam que o cristianismo era mais uma seita do judaísmo. Agora deve ter sido uma satisfação enorme para Paulo saber que os oficiais de César eram obrigados a estudar as doutrinas da fé cristã! Isso não é uma grande oportunidade? Eles estavam lendo os escritos de Paulo e o que mais ele escreveu foi sobre o evangelho.
·        Quero dar dois exemplos: às vezes, Deus precisa colocar cadeias em seu povo para realizarem a sua obra. Algumas mães talvez se sintam presas ao lar enquanto cuidam dos filhos, mas Deus pode usar essas cadeias para alcançar pessoas com a mensagem da salvação. Susannah Wesley criou dezenove filhos numa época em que não havia eletrodomésticos nem fraldas descartáveis. Dessa família numerosa vieram John e Charles Wesley, cujos ministérios estremeceram as ilhas britânicas. Dificuldades transformadas em oportunidades. Diz à história que ela todos os dias orava com seus dezenove filhos um de cada vez. Um outro exemplo Fanny Crosby ficou cega quando tinha um mês e meio de idade, mas já em sua infância mostrou-se determinada a não permitir que as cadeias da escuridão a prendessem. Os hinos e cânticos que ela escreveu ao longo de sua vida foram usados por Deus de maneira poderosa.
·        Eis o segredo: quando existe determinação, olha-se para as circunstancias como oportunidades de Deus para o avanço do evangelho, e há regozijo com aquilo que Deus fará em vez de queixas por aquilo que Deus não fez.
2.     As cadeias de Paulo não apenas o colocaram em contato com os perdidos, mas também serviram para encorajar os salvos.
·        Ao verem a fé e a determinação de Paulo, muitos cristãos de Roma tiveram sua coragem renovada (Filipenses 1:14) e ousaram falar com mais desassombro a palavra de Deus. Aqui, o verbo falar não se refere às pregações, mas sim as conversas diárias. Sem dúvida, muitos romanos comentavam o caso de Paulo, pois questões legais desse tipo eram de grande interesse para essa nação de legisladores.
·        Os cristãos de Roma, solidários a Paulo, aproveitaram essas conversas para falar de Jesus Cristo. O desânimo costuma espalhar-se, mas o bom ânimo também.
·        Por causa da atitude alegre de Paulo os cristãos de Roma foram encorajados novamente a testemunhar de Cristo com grande ousadia.
Ilustração: todos os dias um homem escrevia a um paciente do hospital. O paciente não conhecia aquele homem, mas recebia com frequência cartas daquele homem, uma melhor do que a outra. Quando o paciente teve alta teve a curiosidade de saber quem escrevia. Ao conhecer aquele homem, para sua surpresa, ele era diabético, cego e perdera uma das pernas e depois a outra também. Esse homem vivia com a mãe idosa e cuidava dela. Ele era sem duvida um individuo preso pelas cadeias de suas circunstâncias, mas, ao mesmo tempo, inteiramente livre para ser pioneiro do evangelho. Ele teve oportunidade de falar de Cristo em escolas, agremiações, na Associação Cristã de Moços e em reuniões de profissionais que jamais convidariam um pastor como palestrante. Era uma pessoa determinada e vivia para Cristo e para o Evangelho. Por isso experimentou a alegria de contribuir para o progresso do evangelho. Esse homem é um exemplo de alguém que transformou suas dificuldades em grandes oportunidades.

Talvez nossas cadeias não sejam tão dramáticas ou difíceis, mas sem duvida, Deus pode usá-las da mesma forma.

(Em breve a continuação)